Halitose: O que é, sintomas e como faz para tratar

De acordo com a Associação Brasileira de Halitose, aproximadamente 30% dos brasileiros sofrem diariamente com o mau cheiro bucal. Sendo que essa condição pode causar grande desconforto durante as interações sociais, na manutenção dos relacionamentos interpessoais e na autoestima dos pacientes.
Também conhecido como mau hálito, a halitose é um problema bastante comum e que possui um tratamento facilitado. No entanto, é uma situação que exige que os pacientes permaneçam atentos para o seu surgimento e para a duração da condição.
Isso porque, ainda que normalmente esteja relacionada com a limpeza inadequada da cavidade oral, ela também pode ser um sintoma de uma enfermidade mais grave.
Por isso, é fundamental saber identificar qual é a verdadeira origem do problema, para que seja possível tratá-lo de forma adequada.
Halitose como um sintoma
Geralmente, o acúmulo de placa bacteriana ao redor das estruturas dentárias ou do aparelho ortodôntico é o principal causador do mau cheiro oral.
E isso se dá porque esses microrganismos bucais produzem ácidos e liberam gases que provocam os odores desagradáveis.
Assim, diversos fatores do dia a dia podem contribuir para a construção dessa formação microbiana, como a:
- Interrupção da produção salivar – bastante comum durante a noite;
- Higienização incorreta dos dentes;
- Jejum por longos períodos de tempo;
- Desidratação;
- Dieta rica em açúcares e amidos.
Contudo, ao invés de representar um problema em si, quando a halitose não desaparece com uma boa escovação ou persiste por muito tempo, ela pode ser o sinal do surgimento de uma doença mais severa, como:
- Inflamação do implante dentário carga imediata;
- Alterações no sistema digestório;
- Infecções gengivais e periodontais graves;
- Patologias na garganta;
- Diabetes;
- Inflamação dos seios nasais, entre outros.
Por isso é essencial que os pacientes procurem sempre pelo diagnóstico profissional de um dentista, para que seja identificado a origem exata do problema e o tratamento adequado possa ser iniciado o quanto antes.
A detecção da origem dessa condição é feita por meio da verificação sobre a presença de placas bacterianas, a formação do tártaro, a condição do fluxo salivar, a presença de cáries ou por meio da realização de exames de sangue ou de imagem.
Cuidados para garantir um hálito sempre fresco
Mas, apesar de todos os desconfortos causados, a halitose também pode representar um problema importante para a autoestima dos pacientes.
Isso acontece pois quando em contato com uma essência persistente, a região bucal e olfativa tende a passar por um processo adaptativo chamado Fadiga Olfatória.
Assim, as estruturas nasais se acostumam rapidamente ao cheiro exalado pela boca e as pessoas só descobrem que estão com o mau hálito por meio do comentário de amigos e familiares ou devido ao gosto desagradável no paladar.
No entanto, existem algumas formas bastante eficazes de evitar que essas situações constrangedoras aconteçam. Entre elas, procure optar sempre pela:
-
Escovação adequada
As rotinas de escovação bucal são essenciais para prevenir a maior parte das doenças que podem acometer a região e os seus respectivos sintomas, como a halitose.
Por isso, é recomendado que todos os pacientes escovem os dentes três vezes ao dia ou após cada uma das refeições.
Essas escovações não devem ser rápidas e nem com muita força, pois além de não remover o filme bacteriano, também pode acabar lesionando os tecidos gengivais e provocando outros tipos de condições danosas para a saúde bucal.
É também muito importante escovar o aparelho de dente transparente e todos os acessórios odontológicos móveis, como o protetor bucal ou a prótese dental móvel, antes de recolocá-los na boca.
-
Uso diário do fio dental
Justamente por ser uma tarefa um pouco mais demorada e desconfortável, muitas pessoas acabam negligenciando o uso do fio dental. Porém, a utilização desse item de higienização é essencial para o cuidado dos dentes.
Pois, essa é a única forma de remover a placa bacteriana e os restos de comida que ficam localizados nos sulcos gengivais – o espaço entre os dentes e as gengivas –, uma vez que as escovas não podem fazê-lo.
Os pacientes que possuam a prótese fixa sobre implante devem tomar ainda mais cuidado com essa etapa da limpeza bucal.
Afinal, ainda que as bactérias não possam causar problemas nos dentes protéticos, elas podem comprometer a saúde das gengivas, causando a perda de todo o procedimento.
-
Limpador de língua
A língua é formada por diversas papilas gustativas individuais que acabam acumulando muitas bactérias, vírus e fungos entre elas. Assim, a falta de escovação ou do uso do limpador de língua pode ser uma das principais motivações para o mau hálito.
Por isso, após a escovação, passe sempre o raspador lingual ou escove a estrutura com a escova de dentes e finalize com um enxaguante bucal.
Além disso, consulte o seu especialista em aparelho dentário ou dentista generalista pelo menos uma vez a cada seis meses, para a realização de uma limpeza profissional e para a aplicação do flúor.
Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog Qualivida Online, site no qual é possível encontrar diversas informações e conteúdos sobre os cuidados com a saúde física e mental.