Esta cansaço e dificuldade para ter ereção podem estar associados à queda hormonal masculina

Cansaço e dificuldade para ter ereção podem estar associados à queda hormonal masculina

Assim como a queda hormonal no corpo feminino ocorre com o passar do tempo, o homem também merece atenção nesse sentido. Sintomas como cansaço e dificuldade para ter ereção podem estar associados à queda hormonal no corpo masculino.

Nossa equipe conversou com a Dra. Dolores Pardini, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo (SBEM-SP), explicou quando o homem deve começar a se preocupar com os hormônios e quais são as diferenças entre a reposição hormonal feminina e masculina.

 “Na mulher a terapia hormonal deve começar quando iniciarem os sintomas, em média de 80% a 90% das mulheres, isso começa ao redor dos 50 anos. 

Algumas mulheres começam antes, algumas depois. Ela vai perceber irregularidade menstrual, alguns calores, irritabilidade, alteração do humor, então ela já deve procurar auxílio. Serão feitas dosagens hormonais e comprovando a necessidade ou não de se iniciar a reposição”, explica a médica.

Muitos mitos são criados acerca da reposição hormonal masculina. Popularmente até nomes são dados à doença. 

Para desmistificar de vez esse assunto a médica fez questão de enfatizar, “Diferentemente das mulheres, nos homens essa transição não existe, o nome andropausa é errado. Na mulher menopausa representa a parada das menstruações, no homem não existe nenhuma pausa, não existe nenhuma parada de coisa alguma. 

O que se verifica nos homens e com o avançar da idade e isso se vai percebendo mais nitidamente a partir dos 60 anos, é que vai havendo uma queda do hormônio masculino. Essa queda já inicia a partir dos 40 anos, mas ela é muito lenta, alguns homens nem percebem. 

Quando ele percebe, em geral isso é detectado por desânimo, cansaço fácil, muita perda de massa muscular, dificuldade de ter ereção, diminuição da libido. Muitas vezes o homem atribui a problemas financeiros, problemas de outra ordem e isso se deve muitas vezes à queda do hormônio masculino. Ele deve procurar ajuda e ser tratado”, destaca.

A diminuição da testosterona é diferente da doença hipogonadismo, que tem mais a ver com glândulas situadas no cérebro, que são responsáveis pelo controle da produção de testosterona nos testículos.

“Existem homens que só tem a diminuição da testosterona, que muitas vezes é simplesmente parte do processo de envelhecimento, não é uma queda que vá dar algum sintoma que o faça procurar ajuda. 

Diferente do homem que tem o hipogonadismo, ou seja, essa queda é muito importante, gerando os sintomas que eu mencionei. O homem deve periodicamente, principalmente a partir dos 60 anos, se ele nota cansaço muito fácil, desânimo mau humor, associados a queixas na esfera sexual, ele deve procurar ajuda sem dúvida, que a rigor não existe tempo pra você parar essa reposição, tanto no homem quanto na mulher, desde que estejam sob supervisão médica”, pondera Dolores Pardini.

O assunto no campo feminino é mais abordado em relação ao masculino, isso porque a mulher de uma maneira geral se consulta com maior frequência com endocrinologista e ginecologista, o que facilita o diagnóstico. 

A Dra. Dolores acredita que os homens são mal informados sobre o  assunto,  “Na mulher é mais difundido, a mulher sente um impacto muito maior na menopausa, aumenta o risco cardiovascular, diminui demais a qualidade de vida. 

Normalmente ela tem ajuda médica, o homem não, o homem geralmente não tem o seu urologista, o seu endocrinologista e a mídia não difunde tanto os cuidados para os homens, que são igualmente importantes”, destaca.

A notícia positiva é que a terapia de reposição hormonal promove melhor qualidade de vida nos indivíduos que podem sentir em seus próprios corpos as diferenças de um tratamento bem sucedido, seguindo sempre as orientações médicas. 

“Os resultados têm impactos na qualidade de vida muito bons, desde que sejam sob supervisão e essa pessoa seja tratada adequadamente, convém salientar que a terapia hormonal tanto feminina quanto masculina é absolutamente individualizada, dependendo das queixas, faixa etária, de uma história bem tirada, onde de avaliam os riscos de cada paciente. Mas o resultado é muito satisfatório, por parte do médico e por parte do paciente também”, finaliza.


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